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Eu gosto da denominação popular de “saboneteira” destinada ao ossinho que conhecemos por clavícula. 

O MANDAMENTO MAIS IMPORTANTE

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O MANDAMENTO MAIS IMPORTANTE

No Primeiro Testamento (a parte da Bíblia que conta o começo das coisas e a vida de Moisés, entre outros tópicos) temos no livro Deuteronômio a citação dos 10 Mandamentos. 

No Segundo Testamento (a parte da Bíblia que conta a vida de Jesus, entre outros tópicos) no livro Mateus 22.36-39 (e repetido nos livros Marcos 12.28-31 e Lucas 10.26-28), Jesus é perguntado sobre “qual é o mais importante de todos Mandamentos”?

Então Jesus profere o ensinamento que é a base de quase todas religiões modernas que é:

‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. E ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’.

Essa é a versão da Bíblia traduzida na NOVA VERSÃO INTERNACIONAL. Porém muita gente acaba falando e entendendo o ensinamento máximo do Mestre a partir da tradução da Bíblia NTLH, ou a NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE, que traz:

“Ame os outros como você ama a você mesmo.”

E é aí nessa última frase, de onde vem grande mal entendido, ou falando de outra forma, pouco aproveitamento do ensinamento do Salvador.

As religiões ensinam a “amar ao próximo como amamos a nós mesmos”. E eu questiono: Como e quanto nós amamos a nós mesmos?

Acredito que muitos se amam pouco. Basta ver os resultados que são apresentados. As pessoas não são os que os outros pensam o que elas sejam, nem são o que a próprias pessoas pensam de si mesmas. Há muita auto-ilusão, soberba, auto-comiseração e outros sentimentos errôneos por aí… Na mais direta realidade, as pessoas são o que apresentam.

E o que mais se apresenta na superfície da Terra é o orgulho, a soberba, a arrogância (que são sentimentos de grandeza motivados pelo ego grande) e também a falta de confiança em si, o medo e as auto-frustações (que são sentimentos de diminuição motivados por um ego mal resolvido).

Então, se é assim que muitos se “amam”, é nesse parâmetro que vão “amar” aos seus semelhantes. Dá para começar a entender o motivo de tanto desamor entre as pessoas, não é?

Mas voltemos ao texto bíblico na versão da NVI – NOVA VERSÃO INTERNACIONAL: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’.

A palavra chave é “como”. Como pode ser classificado Advérbio de Modo ou Advérbio Relativo, é uma palavra de LIGAÇÃO. Assim da mesma forma que rezamos na Oração que o Mestre também nos ensinou, o “Pai Nosso”, e dizemos “Assim na Terra COMO no Céu”. O significado de COMO é de “ambos”, de soma ou ligação (como = com + o) , mas não de comparação ou medição de grau.

E isso faz TODA A DIFERENÇA.

Não é o caso de entender que ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’ significa amar os demais no grau que amamos a nós mesmos mas sim, AMAR AOS PRÓXIMOS “E” A NÓS MESMOS!!!

Isso dá uma incrível amplitude no ensinamento do Mestre e uma maravilhosa aplicação prática à nossas vidas.

Temos que ter amor próprio, cuidar de nós mesmos, querer o nosso bem, zelar pelo nosso corpo, trabalhar pela nossa prosperidade.

Devemos amar os demais. Mas nunca se esquecer de nós amar também. Se o fato de ao amar ou fazer bem a alguém implicar em fazer mal a nós mesmos ou diminuir nosso amor para conosco, é um bom sinalizador que algo não está tão certo assim.

E como disse Roger, “Eu me amo, eu me amo, não posso mais viver sem mim”… :^)

(Vicente Rubino)