Mudar privilégios do Sistema pode ser a coisa mais perigosa que deve ser feita.
Estou lendo aqui notícias no Google.
Segundo o site Coletiva. Net, a comunicação do Grupo RBS soltou a seguinte nota: “A respeito da edição da Medida Provisória 892, que dispensa a obrigatoriedade da publicação de balanços de grandes empresas nos jornais, o Grupo RBS manifesta sua preocupação em defesa à liberdade de imprensa e repudia toda e qualquer ação que vá de encontro aos princípios democráticos”.
É um escárnio. Antes era-se obrigado a publicar os balanços das empresas nos jornais. Quem paga são as empresas e os leitores de jornal. Leitores de jornal, não de balanços de empresas publicados em jornal. Mas o Sistema deu o privilégio dessa imprensa a ter esse rendimento líquido e certo. Daí o novo governo corta isso, deixando facultativo a publicação em jornal e dando meios para a divulgação dos balanços sem custo. Viram os termos que o Grupo RBS usou? “liberdade de imprensa” e “princípios democráticos”. Novamente a novilingua de Orwell sendo usada no sentido oposto do fato.
Já o Yahoo noticia que “Política de drogas do governo afeta vida financeira e psicológica de famílias negras e pobres, apontam especialistas”. Fui ler. Deparei me com os seguintes trechos:
“As atuais políticas sobre drogas aumentam a probabilidade de famílias que vivem nas periferias – em sua maioria negras – serem economicamente desestruturadas” . “Quando uma pessoa está encarcerada ou é assassinada, a família dela fica desamparada financeiramente. Sem contar que diversos estabelecimentos das comunidades do Rio, por exemplo, fecham as portas quando ocorrem operações policiais”.
E dá outro argumento para parar de combater o tráfico de drogas: “os moradores de regiões de conflito policial não morrem apenas atingidos por tiros, como também em decorrência de doenças psicológicas. Recentemente, em uma das operações policiais, o transformador de energia elétrica de um açougue foi alvejado. As mercadorias apodreceram e o dono que era idoso, por pensar que teria que fechar seu negócio acabou cometendo suicídio”.
E rapidamente incluo o absurdo do STF parar o que estava fazendo, os deputados pararem o que estavam fazendo (votando a Previdência) e na hora darem contra-ordem ao TR-4 de não mudar o criminoso de prisão. Um escárnio constitucional.
Um sistema que se habituou a defender o crime, seja do traficante ou seja do colarinho branco, tem que cair.
É difícil e é perigoso mudar o Sistemão, mas deve ser mudado.