Monkey Green

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Na minha esquina tem um pokestop. Agora minhas caminhadas ao comércio local estão mais divertidas com o #pokemongo.

O comércio todo fechado. Nenhum vendedor ambulante na praça.

Na farmácia e supermercado, o povo em filas mantendo 2 m de distância.

Passa o ônibus que vem do Centro. Lotado. Os passageiros de pé, socados uns aos outros. Observo-os descer, uma cara de alívio, aquela tosse segurada, o catarro finalmente aliviado.

Desvio o olhar e aumento a distância, calculando a direção do vento. Meu celular vibra.

Pego o aparelho, desbloqueio a tela : era um Charmander. Jogo uma Master Ball. De primeira!

O mundo virtual está muito mais atrativo do que o real. Entendo aqueles que querem sumir daqui.

Gotcha!

Vamos nos permitir?

Permitir não é aceitar intriga, não é compactuar com hipocrisia, nem muito menos dar like pro recalcado que vem destilar segundas intenções na tua time-line.

Daí aparece o “friend”, vem comentar que o uso da bandeira da paz por mim é fake, que eu não sou aquele ídolo espiritual que ele cria (pretérito imperfeito do verbo crer), e aí eu pergunto: o problema é meu ou é dele? O intrigão sou eu ou é o tosco que vem aqui me cutucar. O problema é que vem me cutucar com vara curta. E até para vara longa, o “block” tá aí prá isso. Quando acontece isso a mariposa vai chorar pra sua bolha. “Ái, o Rúbis me fez dodói”. È tão manjado isso, os caras nem tem espontaneidade de criar drama novo! Toda a esquerdalha age assim. A vara que eu me referi aqui são as sinapses cerebrais.

Nos permitir é respeitar e ser respeitado, pois asseguro que quem não respeita não será bajulado aqui.

Nessa ordem. Primeiro respeitar.

Nos permitir é opinar construtivamente. E assim construtivamente receber minha atenção. Ainda que poucos assim não o façam (opinar construtivamente) recebem ainda assim minha atenção, pelo respeito pretérito que nossas jornadas já compartilharam.

E para opinar, neste meio das mídias sociais, tens que saber escrever. Não aguento adivinhar ideia mal redigida.

Nos permitir é saber a diferença entre a pizza e a sua opinião. A pizza, eu pedi. Então pisa leve.

Todos mandam na sua casa, eu também mando na minha. Pensa, antes de vir aqui escrever merda, se eu caguei na tua página.

Nos permitir é saber que mesmo quebrando o pau comigo nos ARGUMENTOS, estarei pronto para te dar um abraço e rir de tudo isso.

Sinceramente, não guardo rancor. No máximo, mantenho a indiferença.

Nos permitir é saber que juntos podemos ver um novo começo de era, mesmo cercados nesses muros de hipocrisia que insistem em nos rodear.

Não existe uma opinião única assim como não existe música de uma nota só. Até a nota dissonante, no momento certo é fundamental.

Vamos?

Valores na bolsa

Maldita bolsa de valores…

Lembrei me de Marshall Berman, lendo o noticiário econômico de hoje: todos pensando que a economia era algo sólido, mas…

Eu sei que vivemos num mundo fake. Sei, não porque eu creio nos mestres que me aparecem, sei porque eu sinto.

Não tem sentido real acreditar no mercado financeiro, como é possível uma empresa perder assim bilhões num dia. A dúvida que fica é: realmente ela tinha? Tinha o quê?

Tudo hoje é virtual. Você aperta um pedaço de vidro (teu smartphone) e manda um bitcoin para a China. O banco te desconta quanto ele quer de juros do cheque especial e você não tem nenhum controle.

De repente alguém ganha na loteria e sua conta se enche de zeros… Zeros à direita, que é o lado bom para os zeros e para outras coisas também.

Daí vem enchente, doença, falcatrua na empresa, sei lá e você perde tudo.

Ou aparece um vírus e a economia mundial trava. A maldita bolsa leva em um dia tudo o que você capitalizou em vários anos.

Não se pode nem mais ir e vir, veja os italianos. Mamma Mia!

Tudo é virtual. Coisas que você não vê decidem o que te acontece.

Mas, porém, contudo, todavia, quem decide o que se faz com o que te acontece, ainda é você. Repete.

Saber que tudo é virtual e que estamos num “fake world”, pode nos deixar mais tranquilos. Basta termos a certeza de duas coisas: onde queremos  ir e que o “uber divino” está na direção disso tudo.

Agora, se não sabes onde queres ir ou se não confiar no “motorista”, assim como disse Berman, mesmo se pensando ser sólido, se desmanchará no ar. 

Criação de Riqueza

“Democracia, o Deus que falhou” de Hans-Hermann Hoppe

“A riqueza pode ser criada ou aumentada somente através de três maneiras: (1) por meio da percepção de determinados bens naturais (ofertados pela natureza) como bens escassos e da apropriação ativa desses bens antes que alguém já o tenha feito (homesteading); (2) por meio da produção de bens com o auxílio do trabalho e com o uso de tais recursos originalmente apropriados; ou (3) por meio da aquisição de bens através de uma transferência voluntária e contratual com o apropriador original ou o produtor.”

Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/iGFDYUG

Chame o Tempo

YMCA NYC

A primeira lua cheia do ano. 1985. Um grande clarão no céu, entre os arranha céus de Manhattan. Naquela noite caiu uma forte nevasca. Fiquei preso no hostel do YMCA. Esse que ilustra o artigo. Mas estava tudo coberto pela neve alta. Impraticável transitar na cidade. O sal grosso colocado as calçadas para derreter a neve não era suficiente.  Tive que passar a noite lá.

Agora, você que lê esse artigo, se viu aquela lua, não se lembra. Apenas imagina como foi. Assim como muitas outras coisas.  Essa é a verdade do Tempo, mas o atraso não importa na eternidade.

O problema é quando se acredita que está no tempo.

Não pertencemos ao tempo, pertencemos à eternidade, e lá, tá tudo certo.

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