A pior ameaça para a democracia vem daqueles que se dizem a representar. Porém distopicamente, no mundo da trans verdade, previsto por Orwell e demonstrado pela mídia tradicional atual, a ameaça é retratada como vindo daquele que defende o povo e suas liberdades.
Esse artigo, para ser claro, tem que desmistificar o sentido de “democracia” e “defesa do povo” e “liberdades”.
“Democracia”, nada mais é do que o regime da vontade da maioria. O que pode ser um problema, se a maioria é idiota, ignorante ou manipulada. E para a minoria derrotada, sempre a maioria é “é idiota, ignorante ou manipulada”. Daí advém o problema inicial da importância que damos à democracia.
Depois vem a definição de “defesa do povo”, que no mundo da pós-verdade virou a opressão das maiorias pelo lobby carnavalesco das minorias. O povo é o coletivo de gente, e não se defende o povo, segregando em etnias, preferências sexuais ou religiões. A ideia aqui claramente é dividir para conquistar.
O que deveríamos entender como “liberdade” é o que a ética libertária defende: o princípio da não-agressão (física) e o respeito da propriedade (incluindo o próprio corpo – lembrando que a partir da concepção, os dois gametas foram algo distinto do corpo da hospedeira feminina).
Respeitados esses princípios, todo o resto faz parte da real defesa da liberdade. A liberdade de expressão é total, a liberdade de ir e vir é total e assim como não existem meia amizade, e meia gravidez, também inexiste meia liberdade. Mas estamos vendo a liberdade vigiada e com limites!
Os que mais aviltam os conceitos puros de “democracia” e “defesa do povo” e “liberdades” são os mesmos que se dizem seus defensores e numa hipocrisia que ultrapassa a perversão, prendem, condenam e perseguem todos aqueles que como eu, não perdeu o senso de lógica, da verdade e da justiça.