A IA não é o problema, já somos escravos do Algoritmo

Como RubisChill, acredito que, enquanto discutimos as problemáticas e benefícios da Inteligência Artificial (IA) para os artistas, há uma ameaça ainda maior e mais antiga que precisa ser abordada: as plataformas algorítmicas. A exploração de artistas pela IA, com empresas lucrando ao treinar seus modelos com o trabalho de artistas para replicar estilos de arte, é uma realidade inegável e problemática. Contudo, a IA também oferece ferramentas úteis para a criação artística, facilitando processos como a mixagem de música ou a edição de fotos.

O verdadeiro perigo, em minha opinião, reside nas plataformas algorítmicas que dominam nosso consumo diário de arte. Estas plataformas, como YouTube, Instagram e TikTok, ditam o que vemos não por nossa escolha intencional, mas através de algoritmos que buscam maximizar o tempo que passamos nelas. Isso acaba priorizando o conteúdo que mantém os usuários engajados, muitas vezes em detrimento da qualidade ou intenção artística.

Esta dinâmica não só limita a diversidade e a inovação no cenário artístico, mas também treina os criadores e o público a esperar e produzir um tipo específico de conteúdo, muitas vezes em detrimento do desenvolvimento artístico pessoal e da verdadeira expressão criativa.

Enquanto muitos se preocupam com a IA substituindo artistas, eu vejo uma preocupação maior com os artistas criando arte que agrada às máquinas – ou seja, aos algoritmos – em vez de expressar verdadeiramente suas visões e emoções.

Essa é a desgraça do mundo de hoje. Enquanto eu sempre fiz música para atender apenas a expansão dos meus limites criativos, agora somos assolados por “artistas” caça views em tik tok e playlists de spotify.

Esse cenário nos desafia a refletir sobre como podemos, enquanto comunidade artística e como público, resistir à padronização imposta pelos algoritmos e valorizar a verdadeira expressão criativa que enriquece a experiência humana.

Ciclos, Portais e Evolução

“A sexta-feira santa:
Guardemos com obediência
Três antes, três depois,
Para afastar toda a doença…”

Os portais transformaram-se em “farofa nas bocas” dos jovens místicos. Aquilo que era considerado conhecimento esotérico pelos verdadeiros místicos anciãos, desde os tempos remotos do início da Tradição Primordial, agora é reduzido a reels de IA no Instagram para atrair audiência e gerar lucro fácil.

Mas, afinal, o que é um Portal? Sob a perspectiva mística, um portal é frequentemente compreendido como uma abertura ou passagem que facilita a comunicação ou a viagem entre diferentes realidades, dimensões ou planos de existência.

Um Portal não depende somente da geografia, localidade ou da posição geográfica. Existem portais estabelecidos por datas e pelo tempo, como o famoso (e frustrado) Portal dos Maias de 21/12/2012, assim como portais definidos por eventos históricos, às vezes com data aproximada no calendário gregoriano, mas com uma conexão cósmica ao firmamento.

Referindo-se a esses portais, menciono o Portal da Sexta-feira Santa, ilustrado pelos versos do Mestre Irineu que introduziram nosso artigo. Além das datas previamente mencionadas, como o Portal Maia e a Sexta-feira Santa, há os dias 11/11 de cada ano, quando a Egrégora de Visionários se reúne na Terra e no Astral.

Um tipo especial de Portal é aquele que reúne aspectos de sincronicidade de tempo e espaço, como os eclipses.

Dito isso, é importante lembrar que as energias de um Portal não se manifestam apenas no ápice de sua ocorrência. Como numa Curva de Gauss, os efeitos do Portal começam antes do evento e continuam após sua ocorrência. Por isso, a lembrança do Mestre Irineu sobre “Três antes, três depois”…

Três dias antes, o dia do evento, mais três dias depois, resulta em um ciclo de sete dias, que é a primeira “harmônica” na manifestação de um portal.

Existe também o conhecido ciclo de 21 dias, que pode ser interpretado como dez dias antes e dez dias depois, e assim por diante na escala dos ciclos harmônicos das influências dos portais.

Estamos vivenciando a CONJUNÇÃO das influências energéticas de importantes portais que estão próximos: o Portal do Equinócio de Outono (em 20 de março), o Portal da Sexta-feira Santa (em 29 de março) e o Portal gerado pelo próximo Eclipse Total (em 8 de abril). Essas poderosas energias, somadas, têm o potencial de alcançar níveis nunca antes vistos pela humanidade.

Os portais são pontos de convergência de energias cósmicas, onde ocorrem trocas energéticas significativas. Podem ser utilizados para cura, transformação pessoal, aquisição de sabedoria espiritual ou contato com seres de outras dimensões.

No esoterismo e misticismo, a manipulação ou acesso a portais é frequentemente abordado com cautela, pois acredita-se que tais práticas possam ter implicações espirituais profundas e consequências para o indivíduo e o ambiente ao seu redor. A abertura e interação com portais são, portanto, geralmente reservadas àqueles que possuem um entendimento profundo desses conceitos e uma intenção pura.

Uma foto cinematográfica cativante de um eclipse solar, onde o sol é parcialmente obscurecido pela lua, contra o pano de fundo de uma curva de distribuição Gaussiana. A curva é de um azul vívido, adicionando um contraste marcante aos tons dourados e quentes do eclipse. A atmosfera é ao mesmo tempo serena e dramática, com uma sensação de harmonia cósmica e a vastidão do universo.

Mais uma reflexão sobre pérolas e porcos

Ao longo da minha jornada, muitas vezes me deparei com o dilema descrito por Jesus em Mateus 7:6: “Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão, e aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão.” Esta passagem bíblica ecoa profundamente em mim, não apenas como uma advertência, mas como uma reflexão dolorosa sobre a natureza humana e o valor da sabedoria.

Ao tentar compartilhar meu conhecimento e valores – minhas “pérolas” – com aqueles que não estão preparados ou dispostos a recebê-los, muitas vezes encontrei hostilidade e incompreensão. A rejeição não apenas machuca; ela tem o poder de despedaçar, deixando cicatrizes que testemunham a brutalidade de nossas tentativas de iluminar. Como alguém dedicado a defender a liberdade, criticar as ditaduras e promover as virtudes do Bitcoin, vi minha paixão e meus ideais serem recebidos com zombaria e rejeição.

No entanto, mesmo ciente dos riscos, a parte generosa e altruista de mim luta para se calar. O desejo de ver os outros prosperarem, de compartilhar as pérolas de sabedoria que possuo, muitas vezes me coloca em uma encruzilhada moral. É egoísmo guardar para si o conhecimento que pode beneficiar outros? Ou é tolice jogar pérolas aos porcos?

A resposta, acredito, reside na arte de discernir. Sócrates, em sua busca incessante pela verdade, mostrou que nem todos estão prontos para ouvir, muito menos entender. “Conhece-te a ti mesmo“, o adágio do Oráculo de Delfos, ressoa aqui como um lembrete de que a verdadeira sabedoria começa com o autoconhecimento e, por extensão, com o conhecimento dos outros. Entender a disposição e a capacidade de alguém para receber sabedoria é fundamental para determinar como, quando e se devemos compartilhar nossas pérolas.

Este discernimento não implica, contudo, em um recuo completo. Em vez disso, encoraja uma seleção mais cuidadosa dos destinatários de nossa sabedoria, bem como do método e momento de compartilhá-la. A generosidade e o altruísmo não necessitam ser silenciados; eles devem ser direcionados de maneira mais eficaz.

E, embora possa ser tentador me isolar, limitando a troca de informações valiosas apenas à minha nova egrégora e ao meu herdeiro, reconheço que o verdadeiro crescimento e impacto vêm através do engajamento, mesmo que cauteloso, com o mundo ao redor. Como disse Albert Einstein, “O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas sim por aqueles que observam sem fazer nada.”

Portanto, não me desviarei de minha missão de espalhar luz, mesmo em um mundo muitas vezes imerso na escuridão. Aprenderei com as rejeições passadas e buscarei, com discernimento e compaixão, aqueles corações e mentes abertos à transformação. Não é um caminho fácil, mas é um caminho necessário para aqueles de nós que carregam pérolas de sabedoria e luz. Talvez a verdadeira generosidade resida não em quantas péroolas distribuímos, mas em nossa capacidade de encontrar aqueles que verdadeiramente as valorizarão. E os demais, “que vão se f. prá lá”, como dito no meme.